Despreocupado com a suposta imparcialidade do jornalismo, o Notícias Populares ganhou muitos inimigos nos meios de comunicação. As acusações eram de que o veículo abusava da utilização de jargões populares e fotos medonhas, além de inventar algumas notícias. Apesar das represálias, algumas reportagens ficaram marcadas para sempre no imaginário dos paulistanos. Dentre elas, destacam-se:
Bebê Diabo
Os jornalistas do NP, ao saberem que um bebê tinha nascido com deformações, começaram a inventar diversas notícias alardeando o nascimento de um bebê diabo.
Desaparecimento de Roberto Carlos
Em 1968, o NP noticiou que o cantor Roberto Carlos havia desaparecido. Ao receber a informação de que um repórter da Rede Record não conseguia contatar o cantor de maneira alguma, o Notícias Populares estampou em suas primeiras páginas: “Desapareceu Roberto Carlos”. O cantor estava apenas em Nova York, mas, com a simpática anedota o jornal vendeu 20 mil exemplares a mais. No dia seguinte, o NP estampou em letras garrafais: “Acharam Roberto Carlos”, e assim faturou mais ainda com o suposto sumiço do Rei.
Pelezão
Outra característica do Notícias Populares eram as suas colunas. O jornal foi um dos primeiros a falar abertamente sobre sexo. A coluna Tudo Sobre Sexo, escrita por Roseli Sayão, explorava temas e dúvidas bastante polêmicos sobre o tema. Outras colunas era a de Voltaire de Souza, contos que sempre envolviam mortes e muito sexo. Havia também outra dedicada ao público GLS, Espaço Gay e a Histórias da Boca, que eram textos no estilo de Nelson Rodrigues escritos por diversos jornalistas do Notícias Populares.
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