quarta-feira, 16 de novembro de 2011



Localizado na Estação da Luz em Sâo Paulo, o Museu da Língua Portuguesa nos permite conhecer, além de vários outros temas relacionados,  um pouco da história da língua em uma linha do tempo que vai desde o surgimento do latim até as gírias dos dias atuais, numa viagem detalhada sobre a mutação das palavras. Dentro desta linha do tempo, temos uma breve demonstração sobre o surgimento da imprensa, onde podemos observar qual a linguagem utilizada nos jornais, qual a abordagem usada pelos jornalistas e quais assuntos eram tratados na época.
Vale muito a pena pagar uma quantia insignificante de R$6,00 para absorver tanta cultura sobre a língua que falamos. Parada obrigatória para estudantes de Letras!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

jornal NP – Notícias Populares  – ficou famoso por estampar manchetes como “Broxa Torra o Pênis na Tomada”, “Churrasco de Vagina no Rodízio do Sexo” na primeira página de seus exemplares. O periódico circulou na cidade de São Paulo entre outubro de 1963 e janeiro de 2001 e ficou conhecido pelos itens: sexo,  violência, textos curtos, uso de gírias, fotos grandes e notícias sobre pessoas das camdas populares. Com seu slogan emblemático “Nada mais que a verdade”, o jornal tinha o Grupo Folha por trás de sua publicação.
Despreocupado com a suposta imparcialidade do jornalismo, o Notícias Populares ganhou muitos inimigos nos meios de comunicação. As acusações eram de que o veículo abusava da utilização de jargões populares e fotos medonhas, além de inventar algumas notícias. Apesar das represálias, algumas reportagens ficaram marcadas para sempre no imaginário dos paulistanos. Dentre elas, destacam-se:
Bebê Diabo
Os jornalistas do NP, ao saberem que um bebê tinha nascido com deformações, começaram a inventar diversas notícias alardeando o nascimento de um bebê diabo.
Desaparecimento de Roberto Carlos
Em 1968, o NP noticiou que o cantor Roberto Carlos havia desaparecido. Ao receber a informação de que um repórter da Rede Record não conseguia contatar o cantor de maneira alguma, o Notícias Populares estampou em suas primeiras páginas: “Desapareceu Roberto Carlos”. O cantor estava apenas em Nova York, mas, com a simpática anedota o jornal vendeu 20 mil exemplares a mais. No dia seguinte, o NP estampou em letras garrafais: “Acharam Roberto Carlos”, e assim faturou mais ainda com o suposto sumiço do Rei.
Pelezão
Após ter sido violentado por uma “psicóloga tarada de Perdizes”, o Pelézão acabou virando ídolo das dondocas de São Paulo. Na madrugada do dia 28 de agosto de 1984, uma requintada senhora do bairro nobre de São Paulo, após brigar com o marido, resolveu se vingar com o primeiro indigente que encontrou na rua, daí a história do Pelézão, que fez otrabalho direitinho. Essa manchete rendeu tantas vendas quanto as do Bebê Diabo.
Outra característica do Notícias Populares eram as suas colunas. O jornal foi um dos primeiros a falar abertamente sobre sexo. A coluna Tudo Sobre Sexo, escrita por Roseli Sayão, explorava temas e dúvidas bastante polêmicos sobre o tema.    Outras colunas era a de Voltaire de Souza,  contos que sempre envolviam mortes e muito sexo. Havia também outra dedicada ao público GLS, Espaço Gay e a Histórias da Boca, que eram textos no estilo de Nelson Rodrigues escritos por diversos jornalistas do Notícias Populares.
Em 2001 o jornal parou de circular. Um dos motivos alegados por seus idealizadores foi que sua fórmula acabou sendo copiada para a TV em programas como o “Aqui Agora” e “Cidade Alerta”, reduzindo o interesse do público. O jornal que tinha uma circulação de 110 mil exemplares nos anos noventa estava vendendo apenas 20 mil exemplares no ano de sua morte. Assim, o Grupo Folha concentrou seus esforços em fazer um jornal popular no Agora São Paulo, considerado um substituto light do NP – Jornal Notícias Populares – Nada Mais que a Verdade.
O VALOR DO DETALHE

            Ensina Ricardo Nobalt que os jovens profissionais não devem desprezar jamais a riqueza dos detalhes – por menores que sejam – porque neles pode estar a chave de uma grande matéria. Mas só repara em detalhes quem desenvolve um excepcional poder de percepção, um padrão elevado de sensibilidade. Em algumas escolas de jornalismo dos EUA ( como em Berkeley) os estudantes de jornalismo são levados a recitarem obras de Shakespeare e a ouvirem música clássica, como forma de treinar a sensibilidade.
            Segundo o autor, é melhor o repórter pecar por excesso de informação ( a ponto de ter que jogar algumas no lixo se o espaço que lhe couber for insuficiente) do que por falta de detalhes na apuração de uma matéria. Para destacar a importância do detalhe, lembra que a quantidade de álcool que os jovens de classe média usaram para atear fogo no indio Galdino, em Brasília, um litro, foi determinante na condenação deles. Imagine-se se a imprensa não tivesse registrado a quantidade corretamente por preguiça de apuração?
            “A importância de um fato é que determina a extensão de uma notícia. Mas, mesmo uma notícia de umas 30 linhas ganhará mais credibilidade se o repórter contá-la em detalhes”, ensina Ricardo Noblat.
            É preciso ficar claro que registrar detalhe numa apuração dá muito trabalho. Mas é o que faz a diferença num universo em que os jornais são todos iguais, de norte a sul do país, porque assinam as mesmas agências e publicam as mesmas manchetes e até a mesma foto. Quando o “detalhe” é gente, então o repórter precisa ficar ainda mais esperto. Afinal, “gente” não é detalhe, é sujeito da história. O autor cita o exemplo hipotético de uma mulher (Maria José da Conceição) que é barrada num show de Gilberto Gil, no Canecão, porque chegou atrasada devido ao trânsito. Ensina que personagem de matéria não pode limitar-se a um nome: Quantos anos tem Maria José? O que ela faz na vida? É casada ou solteira? Tem filhos? É gorda e baixinha ou alta e magrinha? Onde mora? Como estava vestida? Falava em voz alta ou em voz baixa?
            Respostas a tais detalhes dão vida a um personagem e permitem que os leitores se identifiquem com ele. Afinal, gente gosta de ler histórias sobre gente, diz Noblat.
            Apurar detalhadamente tem a ver com a explicação dos fatos ao leitor. É o que o Novo Jornalismo dos anos 60 chama de “interpretação”. O bom profissional foge do “denuncismo”, isto é, das denúncias sem provas. Não basta o truque de “ouvir os dois lados” e depois lavar as mãos. O leitor quer muito mais, quer as origens, as causas do fato, as conseqüências, os resultados dele. Tudo isto significa apurar com responsabilidade.
            Para chegar ao fundo da questão, o repórter deve duvidar da primeira informação que recebe. Deve pesquisar melhor, confirmar com outras fontes, checar a informação, ler documentos e publicações de nível a respeito, buscar a verdade – sempre através de mecanismos legais e lícitos – sempre lembrando que “nada é como parece”, pois não existe verdade absoluta. É preciso ser cético.
            (Na hora da  entrevista, segundo Noblat, nem sempre o gravador ajuda. Muitas vezes ele inibe o entrevistado e desliga o entrevistador que passa a se preocupar apenas com o funcionamento da máquina, sem prestar atenção no andamento da entrevista. Também aconselha que se mude de assunto quando o entrevistado ficar nervoso com uma pergunta, reformulando-a mais à frente. O melhor é fazer antes as perguntas que ele gostaria de responder).
            Ao confirmar notícias oficiais, o repórter deve tomar cuidado porque “todo governo mente”. Afinal, informação é poder. O bom profissional deve desconfiar de toda e qualquer informação de fontes oficiais, checando-a à exaustão.
            Sobre as informações em off, Ricardo reconhece que o jornalismo não pode passar sem elas. Mas acha que toda informação em off só deve ser publicada depois de checada com outra fonte. Mesmo que a confirmação também seja em off.
            De qualquer forma, o bom profissional jamais quebrará o acordo feito com a fonte, mesmo quando isto o levar a perder o emprego ou mesmo a ir para a cadeia. O respeito à fonte é questão de ética. Boas fontes de informação são o capital mais valioso de um profissional da imprensa. Entretanto, Noblat admite que o editor do jornal tenha o direito de saber quem é a fonte para avaliar o peso da declaração. Afinal, se o repórter não puder confiar no chefe dele, como o chefe confiará no repórter?
            Quem consegue mais detalhes para produzir uma boa matéria, nem sempre é o repórter mais inteligente. Noblat cita o jornalista Elio Gáspari, seu colega de “Veja”, para lembrar que “repórter bom é repórter burro”, isto é, aquele que não tem vergonha de perguntar. Ele pergunta, pergunta, pergunta e volta para a redação com todas as dúvidas esclarecidas.

(Pedro Celso Campos – ex-redator do “Correio Braziliense” e ex-editor de cidade do “Jornal de Brasília” – é Professor MS do Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp/Bauru.)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sempre vemos um jonal em mãos de uma pessoa adulta, idosos mais dificilmente presenciamos com uma criança ou um jovem, podemos pensar que nao se interessam por esse meio de comunicação. A informação serve para todos, mais ela fica bem distinta no modo de escrever, editar um artigo, uma noticia qualquer que seja, eles nao se interessao apenas pelas "tirinhas". Isso acontece por eles pensarem que "os jornais sao chatos" pelo tipo de linguagem que se especifica em um publico alvo (no caso os adultos), artigos, propostas e noticias.  O jornal le Petit Quotidien Revoluciona e acaba com essa barreira com uma inovação muito interessante.

http://portal.pr.sebrae.com.br/blogs/posts/inovacao?c=1420

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Boas Vindas

Sejam bem vindos ao blog do nosso grupo de Lingúistica do 2º semestre de Letras da Universidade Paulista - Campus Rangel.
Aqui trataremos sobre vários aspectos da Linguística nos jornais como análise do discurso, semântica, sociolinguística, etc. Faremos uma comparação entre vários jornais, analisando a circulação, o público alvo, os recursos e discutiremos a importância que tudo isso tem quando se trata das diferentes formas de se levar a informação para a sociedade.